Quem assistiu o Telejornal de ontem da TVM, certamente irá se recordar desta expressão: My friend, dont do this.
My friend, dont do this, foi a frase que o nosso compatriota e jornalista da Televisão de Moçambique, Francisco Junior usou quando tentava, sem sucesso, persuadir uma patrulha da Polícia Sul Africana que prendia a ele e ao seu colega.
Júnior e o seu camara man estavam nas ruas a fazer o seu trabalho e por alguma razão não levavam consigo os passaportes. Contudo, eles quando foram abordados pela polícia apresentaram imediatamente os seus crachás que os identificava como jornalistas, para além de que o material que levavam (camara de filmar, gravadora, bloco de notas etc) retirava dúvidas a qualquer um sobre o que os dois estariam fazendo naquele local.
My friend, dont do this.
My friend, porque os Sul Africanos são nossos amigos e irmãos. Nos momentos deficies do apartheid nós os acolhemos e os ajudamos na luta. Nós trabalhamos com eles e os ajudamos a construir um Estado de igualidade racial onde todos os homens são iguais perante a lei.
Fizemos muito por Sul Africanos porque, como dizia Francisco Junior eles são nossos friends. O que custa-me entender é como que um amigo de longa data faz o que está fazendo hoje. Um amigo de longa data que hoje persegue, rouba, assassina e descrimina os moçambicanos.
My friend, dont do this!
Mesmo assim, com a dor que sentimos, nós continuamos a trata-los humanamente e aceitamo-los como amigos e é por isso que numa voz amigavel e de perdão e tolerância dizemos a cada cidadão Sul Africano: My Friend, Dont Do This!!!
16 comentários:
Se o caso era passaporte, se o caso era visto no passaporte, to be my friend nao me deve obrigar a overlook as leis. Nao vamos misturar as coisas. Nao te vou deixar dirigir sem carta de conducao porque es my friend. Nao te vou deixar passar de classe sem saber porque es my friend. Enfim vamos ver as coisas nas respectivas prespectivas. Os sul africanos estao a ser crueis connosco
Fui mas acho que volto
interessante Nelson. Mas o que normalmente acontece nas situações em que o estrangeiro diz ter deixado o passaporte no hotel, a polícia leva a pessoa ao hotel para certificar. Faz-se isso com muito gente comum, e com jornalistas a ponderação tinha que ser ainda maior. abraço
Ricardo Cossa
São licões para os mocambicanos, se queremos ser respeitados devemos nos impor.
Concordo com todos os apelos de não retaliacão, mas a Não retaliacão hoje significa que consentimos o estamos a parra na RSA.
Tamos a passar mal mno estrangeiro e atratarmos bem a eles aqui. nossos compatriotas foram presos em Portugal por conduzir com a mocambicana, não retaliamos apenas negocimos, agora vejamos a situacão da RSA, não tamos a retaliar tamos a usar a diplomacia, que leva seu tempo.
Gostaria de recordar que o que alega o povo são facto materiais e não discurso.
A RSA podia ser penalisado tanto politica ou econmicamente para solucionar imediatamente este problema.
creio que de alguma forma depende de nos.
perdão não tou apelar a violencia, mas tou cansado de ver os meus compatriotas a sofrer no estrangeiro.
R.Cossa
Anónimo disse...
Ricardo Cossa
correccão do meu texto
São licões para os mocambicanos, se queremos ser respeitados devemos nos impor.
Concordo com todos os apelos de não retaliacão, mas a Não retaliacão hoje significa que consentimos o que estamos a passar na RSA.
Tamos a passar mal no estrangeiro e atratarmos bem a eles aqui. Outro exemplo, nossos compatriotas foram presos em Portugal por conduzir com a carta mocambicana, não retaliamos apenas negociamos, agora vejamos a situacão da RSA, não tamos a retaliar tamos a usar a diplomacia, que leva seu tempo.
Gostaria de recordar que o que alega o povo são facto materiais e não discurso.
A RSA podia ser penalisado tanto politica ou econmicamente para solucionar imediatamente este problema.
creio que de alguma forma depende de nos.
perdão não tou apelar a violencia, mas tou cansado de ver os meus compatriotas a sofrer no estrangeiro.
Cossa, não acho que, a não retaliação queira dizer que estamos a consentir. nada disso, meu irmão!
creio que a melhor forma de mostrarmos a nossa indignação e repúdio passa pela contenção, civismo e todas acções que temos estado a desenvolver, como país, de acolhimento e reintegração social dos nossos compatriotas. Abraço
Jorge,
Mais do que multiplicar o discurso da "não retaliação" acho que o Governo do meu/nosso país tinha ou tem que mostrar um sinal de firmeza/indignação perante o que está acontecer com os nossos concidadãos.
Temos que demonstrar que o que está a acontecer nos desagrada...
Alguem por acaso ja viajou pela South African Airways ou ja fez escala num aeroporto sul-africano?
Para eles, ser mocambicano nao significa absolutamente nada, e podem crer que a maior parte deles nao ve quaisquer lacos de irmandade connosco! Pelo que pude comprovar, nos nao passamos de individuos provenientes de um pais "coitadinho", cujos habitantes nao desperdicam a oportunidade de "fugir" para la' a procura de melhores condicoes! Pelo menos foi a essa a impressao com que fiquei apos verificar a hostilidade do tratamento que me era dado! Podemos ver o mesmo "desprezo" quando eles vem se deliciar das nossas praias, nao se importando com o respeito pelos nacionais,meio-ambiente, etc!
Nos temos que tomar posicoes firmes e vigorosas, se quisermos nos fazer respeitar e sobreviver nesta economia cada vez mais global! Temos que melhorar a nossa "auto-estima" e isso passa por "mostrar a nossa indignacao" quando eventos abominaveis como estes ocorrem nas nossas barbas e concordo com o Julio quando refere para o papel e sinal de firmeza que deve ser dado pelos nossos dirigentes!
Assino embaixo, Jonathan!
As vezes penso que longo tempo vivendo dependente dos outros nos deixou nesse estado. Achamos que devemos favores a todos mundo e não temos como abrir a boca. Nao defendo a retaliação como tal mas chega de "papo furado". Essa historia de irmandade não faz sentido. Oque se fez aos Moçambicanos na África Sul não se faz nem a um inimigo.
Claro, Muthisse!
o que custa saber neste momento é como poderemos o fazer sem deixarmos a bala sair pela culatra.
A Nigeria que não tem nada a perder já exigiu indemnização pelos danos materias sofridos pelos seus cidadãos.
Jonathan,
Eu tive a mesma experiencia que a tua, ano passado, no aeroporto de Durban. Notei uma dsconfiança total da segurança sul africana, provavelmente, temendo que eu e os que comigo viajavam não quereriamos voltar mais a Moçambique.
agora, as nossa prais eles delas se dsfrutam e até deixam frases chocantes como: NO BLACK
Nelson,
gostaria de te colocar a mesma questão que fiz ao Muthisse, Como podemos mostrar nossa firmeza? seguindo o exemplo da Nigeria? cortando o fornecimento da energia da nossa HCB? chamar de volta o nosso embaixador, como sugeriu o professor Elisio Macamo? como o fazer?
Amiga Ximbtane,
Deixo-te com as mesmas questões que lancei ao Nelson.
olha, na senda das SMS, recebi uma a dizer que há muitas vagas com salários chorudos (R50.000/mes) em Gauteng. Moçambicano é assim mesmo, chora brincando e assim evita ataques cardiacos!
Oh, Saiete, não tenho formulas mágicas para o que se vive agora. Estou é preocupada em congelar batata para os momentos negros que se avizinham.
Mas falando sério, ainda estou sob o efeito de choque. Já recebi dois familiares, regressados de lá, pedindo roupa e trabalho. E agora?
PS: O meu irmão mais velho, que sempre se recusou a trabalhar como carregador do que quer que seja cá, já me pediu até que lhe arranje um lugar como guarda nocturno e olha que ele nem sonha com um posto numa empresa de segurança privada!!!
Exigir que o governo Sul Africano se responsabilize pelos danos já 'e um bom começo.
caro jorge saiete, continuo a pensar que o nosso governo devia ter reagido com firmeza. chamar de volta o nosso embaixador ou convocar o embaixador sul africano ao ministério dos negócios estrangeiros é o que se costuma fazer nestes casos. a integridade dos moçambicanos exige que o nosso governo seja firme. nós estamos tão dependentes da áfrica do sul quanto ela de nós. o que eles vendem e investem em moçambique não é caridade. é interesse próprio. não creio que a nossa firmeza seja um acto de retaliação. contra quem? seria apenas um sinal ao governo sul africano para assumir a responsabilidade que tem perante todos quantos se encontram no seu território. só isso.
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