quinta-feira, 30 de julho de 2009

Mas querem dinheiro?

As vezes chego a pensar que a minha mãe que está em Morrumbene a cuidar da sua machamba, galinhas, cabritos e de porcos vive em paz que muito de nós que roemos solas e solas a caminho da escola e que depois nos instalamos nas grande cidades. É que a rotina da minha mãe, lá no campo, safa a ela de uma série de chatices que só nós os ditos urbanos experiementamos. Tudo isto vem a proposito da barbaridade que noto em muitos bancos da nossa praça, relativamente a forma como fazem negocio. A Gestão me ensinou que qualquer empresa que queira se afirmar no mercado, deve, para além doutras coisas, prestar muita atenção as suas operações. É que as operações representam os ossos das organização e é por isso que encontramos em quase todas elas, alguem com o tituto de Operations Manager ou qualquer outra designação, desde que tal figura se dedique a pensar na eficiencia e eficácia do sistema produtivo e ou na melhor forma de prestação de serviços de qualidade aos seus públicos. Muitos dos nossos bancos, pelo menos em Maputo, se é que têm um Operations Manager, esse passa o tempo sonecando ou lá está por mera questão cosmética. É incomprensivel que um gestor bancario permita que no intervalo entre as 12 a 14 horas apenas 25% das suas caixas é que estejam a atender a clientela, sabendo que é nessa altura que muitos usuários da banca têm intervalo em seus serviços e aproveitam para fazer algumas transações bancarias. É inaceitavel que um gestor bancario no seculo XXI ainda admita que entre os dias 25 a 5 do mês seguinte tenha, apenas, menos da metade dos seus ATMs operacionais. É intoleravel que neste milenio ainda existam bancos que exigem atestado de residencia para que alguem abra uma conta. É imperdoavel que em 2009, seja necessário esperar cerca de 15 dias para se receber do banco um simples cartão de debito. Será que os bancos em Moçambique querem dinheiro? Ou mudam de atitude perante o negocio ou estão condenadas a desaparecer pois os desafios do negocio hoje exigem gente criativa, ambiciosa e que pense no entusiamos dos clientes e não apenas na satisfação.

terça-feira, 28 de julho de 2009

A ponte, o nome e pancadaria

Quem diria que voltaria ao vosso convivio? Andei tão apertado que nem tempo para respirar tinha, mas como tudo que tem começo, tem sempre um fim a vista, cá estou eu de volta. Volto mais galvanizado, com muita coisa por partilhar convosco sobre o que aprendi nos polos de desenvolvimento por onde passei. Durante a minha ausencia muito se falou a respeito da ponte sobre o rio Zambeze que passará a se chamar Ponte Armando Guebuza em homenagem ao actual presidente da República. Há muitas vozes a favor do nome e outras obviamente contra e como a lei do terceiro excluido não se aplica nesta matéria, eu junto-me ao grupo daqueles que não estão a favor, nem estão contra. Tomo esta posição porque para mim o que conta é a ponte e a questão do nome só se coloca por mera mesquinhez humana. A ponte lá está e servirá a todos com ou sem o nome proposto. Viva a Ponte! O outro assunto que perdi a oportunidade de no devido momento avançar o que penso é a lei que penaliza a violencia domestica contra a mulher. Vi muitos comentarios na imprensa sobre o assunto, uns a favor e outros contra e como é de esperar, tenho também o meu posicionamento sobre o assunto e o avançarei antes que me obriguem a saborear sem querer "dois peixes com legumes". Meus compatriotas! Será que nós precisamos de uma norma para regular o nosso convivio domestico? Precisamos de ter uma lei para sabermos que sovar o outro é mau? Precisamos de uma lei para compreendermos que uma familia so floresce quando todos membros da familia respeitam-se mutuamente? Faz algum sentido aquela lei? Para mim a lei contra a pancadaria domestica não passa de um ensulto colectivo e um cartão vermelho a nossa convivencia domestica. Se eu fosse parlamentar teria dito durante a sessão o seguinte: o unico segredo para uma sã convivencia domestica é o amor e não a lei. Abraço a todos e nada de pancadaria fisica, psicologica e nem a estrutural que vi nos polos de desenvolvimento por onde passei.