quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Ladrões temos e polícia?

Andei longe de vocês, trabalhalhei em Manica e Tete durante 15 dias. Confesso-vos que foi uma boa experiência e oportunamente irei partilhar convosco uma série de coisas que ví naquelas provincias.
Infelismente a minha ausencia de Maputo não foi nada boa. Na noite de Sexta para Sábado, enquanto eu descansava em Chimoio, eis que um (ou 2 ou mesmo 3 ou 4) lárapio faz-se dentro da minha humilde palhota em Nkobe, ávido em retirar o pouco que lá tinha. Partiu o vidro da janela, cortou a rede, entrou e roubou à vontade, enquanto a pobre da minha esposa e o meu filho dormiam e só despertaram quando o assaltante se tinha retirado.
O assaltante levou tudo o que quiz, sem que ninguem o atrapalhasse, aliás até hoje ainda não foi atrapalhado porque a polícia não quiz o fazer.
Não faz sentido que depois de a minha esposa ter metido a queixa no posto da PRM em Nkobe, esta não tenha ao menos se deslocado ao local da ocorrência para recolher algumas informações. Simplesmente, os senhores polícias, limitaram-se a tomar nota e a pedir a minha esposa que levasse uma intimação ao sujeito cujas pegadas se assemelham aos do lárápio que me assaltou. É que a minha esposa na companhia de alguns vizinhos seguiram as pegadas até irem desaguar na palhata de um sujeito e quando se foi a polícia já se tinha feito a perseguição.
À polícia foram levados dois assuntos, o primeiro e o mais importante é a denuncia do assalto em si e o segundo, é o facto de as pegadas do assaltante terem desaguado na casa de alguem (de má fama). O que é estranho é o facto de a polícia não ter feito mais nada senão lavrar uma intimação ao suspeito.
Será que a polícia não devia ter feito mais alguma coisa? Não devia ter ido ao local onde o assalto ocorreu de modo a recolher informações tecnicamente relevantes para consubstanciar a acusação ou outra coisa que levasse ao esclarercimento do sucedido?
Por não ter ido ao local do assalto, ficou sem matéria para acusar o suspeito e o libertou e nada mais fez até hoje, o que me leva a crer que para a polícia o caso já morreu.
Me é extremamente estranho e suspeito o comportamento da PRM. Devo eu confiar na PRM?

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Em Manica e Tete!!!

Meus caros, estarei impossibilitado de visitar e postar algo no blogue por 15 dias. Estarei viajando em alguns distritos das províncias de Manica e Tete a partir de amanhã. Fiquem com Deus.

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

O evangelho de abastança!!!

Tenho andado muito ocupado e por isso, poucas vezes passo pelo blogue. Enquanto não puder voltar, plenamente, ao vosso convivio, publico um email que enviei a uns irmão da Igreja na segunda-feira e que está a gerar um debate interessante.
Caros irmãos,
Eu considero a pregação um dos momentos mais cruciais de um culto Cristão. E por isso, tenho estado muito atento ao que os pregadores dizem. Sou ainda apologista de pregações progressistas pois acho que nos colocam desafios e isso é o que nos interessa enquanto jovens. Os irmãos certamente se recordarão de um email que vos enviei a dias, no qual fazia uma critica aos sermões (ainda não sei se há ou não plural de "sermão") feitos sobre o joelho por alguns pregadores. Sermões que no fim do dia, nada de novo tiramos. Pregações que são meros discursos e nada mais. E nessa email, eu dizia que em alguns Domingos e por causa de certas pregações, nós saiamos da igreja (templo) tal como haviamos lá entrado. A minha poróquia teve ontem, uma sorte especial, de ouvir aquilo que eu acho que devia ser modelo de um sermão, um sermão desafiador, um sermão estimulante, um sermão aglutinador e ainda, um sermão progressista. O pregador de ontem, lançou-nos um desafio que, é a pregação de um evangelho de abastança. Um evangelho de prosperidade. Não um envagelho de comodismo e braço estendido, mas sim, um evangelho de batalhadores, um evangelho do peregrinos determinado a alcançar a nova Jerusalém. Associou 3 passagens interessantes, uma de Deuteronómio onde se nos diz que Deus nos concedeu uma terra fertil. A outra passagem é do Mateus, onde nós é dito que Jesus veio para que tenhamos vida e a tenhamos em abundância e, por fim, a passagem do Apocalipse na qual se nos fala da nova Jerusalem onde há tudo bom. Referiu que, Deus nos concede uma terra fertil porque não nos quer em espaços áridos e improdutivos. Afinal, foi Ele quem nos deu Jesus para que tivessemos vida em abundância, tal como ocorre na Nova Jerusalém. A Nova Jerusalem consubstancia um lugar ideal, um lugar em que todos devem aspirar lá chegar e habitar. A nova Jerusalem representa o que Deus quer para o seu povo. A nova Jerusalem representa um lugar onde há prosperidade, há abastança, mas que, para lá se chega com trabalho árduo e com muita determinação. O interessante é que, a caminhada a nova Jerusalém não se compadece com o comodismo, com a preguiça, com metas humildes e com aversão a desafios. A caminhada a nova Jerusalém só se pode fazer com predisposição para o trabalho, com a aceitação de desafios e com referencias comparativas que se situam a frente . A caminhada a Nova Jerusalém, só é possível se usarmos como referencias comparativas do nosso desempenho os melhores e não os fracassados. Não nos devemos vangloriar de vencedores só porque a baixo de nós há milhares de chorões fracassados, mas pelo contrario, devemos lutar para alcançarmos os que a nossa frente estão, aqueles que na verdades são melhores que nós. O ponto central da pregação dele, reside na ideia de que, enquanto cristão devemos conduzir as nossas vidas tendo em conta os melhores e que ambiconar estar bem na vida não é pecado nenhum, é sim a procura necessária em usufruir o que Deus reserva a todos nós. Deus reserva a todos, uma vida de ambundancia, uma vida de bem estar, uma vida de prosperidade mas não uma vida de esbanjamento. Deus que ver o seu povo na Nova Jerusalem, onde há tudo bom, mas que para tal cada um de nós, deve abnegadamente trabalhar a terra fertil, deve usar o seu saber, deve usar o dom que Deus lhe concedeu para criar abastança, criar prosperidade para si proprio e para os seus irmão. Deus não quer ver seu povo choramingando por causa da pobreza, pelo contrario, Ele quer o seu povo vivendo na abastança e na prosperidade. Os recursos que estão neste mundo foram por Deus feitos par nós, usemo-os racionalmente para o nosso beneficio e em beneficio dos nossos irmãos.

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

O que é estatística?

Estatística: a ciência que diz que se eu comi um frango e tu não comeste nenhum, teremos comido, em média, meio frango cada um" - Pitigrilli (citado pelo professor Carlos Serra in Oficina de Sociologia). Meus caros, entendem o alcancem desta pensamento de Pitigrilli? Qual pode ser o nosso papel? Já pensaram na ideia do PIB per capita? Eu acho que, Pitigrilli está de, uma forma irónica, a denunciar a teoria simplista (emprestada a estatística pelos economistas) que tenta calcular o nível de recursos que cada cidadão tem como resultado da divisão do produto interno bruto (todos recursos produzidos numa nação) pelo número de habitantes. Por exemplo, se em moçambique somos 5 cidadãos e o nosso PIB é de 20,00Mt, então dir-se-ia que, cada cidadão tem teoricamente 4,00Mt. E, esse PIB per capita é sempre usado pelos políticos para se vangloriarem do crescimento económico dos seus paises, se esquecendo que há casos em que 1 unico cidadão "come" sozinho 18,00Mt e os 4 tem que se dividir os 2,00Mt que restam. O que podemos nós (moçambicanos) fazer para minimizarmos o fosso entre ricos e pobres e contribuirmos para uma divisão equitativa dos recursos que o país tem.

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Caminhar na cruz

Já ouviste falar da corda-bamba? Já assistiu a um filme policial em que os actores procuram sair dum prédio para o outro apoiando-se em uma corda amarrada nos pilares dos dois edificios? Já te imaginaste a conduzir nas montanhas do Lesotho? Já te imaginaste no lugar de Eduardo Mondlane em 1960, quando teve que abandonar as mordomias académicas e se meter nas matas e lutar por nós? Já te imaginaste no lugares dos jovens de 8 de Março que, foram obrigados a deixar todos os seus sonhos para trás em nome da edificação da pátria moçambicana? Já te imaginaste na situação de Paulo perante Agripa (Actos 26)? Todas as situações que coloco acima têem algo em comum: a coragem e a determinação. Coragem e determinação é tudo que um homem de Deus precisa para poder caminhar na cruz. Mas o que é caminhar? Caminhar é mais do que andar, é mais do que uma mera mobilidade do ser humano. Muitas vezes nós andamos e poucas caminhamos. É que caminhar pressupõe um objectivo bem claro. Não caminhamos em vão, mas sim conscientes do alvo que pretemos alcançar. Caminhar dói e não é por acaso que muitos esperam orientações médicas para caminharem regularmente. Caminhar exige coragem e determinação. O mesmo se diz em relação a caminhada na cruz, ela exige coragem e determinação, exige uma decisão previa e devidamente ponderanda uma vez que, ela traduz-se num sacrificio. Caminhar na cruz pressupões uma acção de preterição do fácil e aposta no dificil. Caminhar na cruz presupõe uma vontade de semear para colher amanhã. A caminhada na cruz pressupõe uma aversão ao risco que corremos ao apostar do ouro deste mundo. As coisas terrenas são tão maravilhosas mas completamente momentaneas que se esfumam num abrir da vista, apostemos no tesouro que há no caminhar na cruz que é eterno e infalível. Bom fim de semana.