quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Optimismo

Certamente muitos se recordam de Mohammed Said al-Sahaf, o ex-ministro da Informação do Iraq que se tornou conhecido mundialmente pelas declarações optimistas proferidas, em conferências de imprensa diárias, durante a guerra que iniciou em 2003, em que negou até ao último segundo que as forças invasoras lideradas pelos EUA estivessem a vencer a guerra.
Quando a imprensa internacional noticava a tomada do Aeroporto Internacional Sadam Hussein e o derrube das estátuas do presidente iraquiano pelas forças invasoras, ele dizia de boca cheia “não há infiéis americanos em Bagdad! Nunca! Eles nem sequer estão perto do aeroporto. Estão perdidos no deserto. Não sabem ler uma bússola. São atrasados mentais".
Esta viagem ao ano de 2003, vem a propósito do optimismo que tem sido manifestado por candidado as autarquicas que a partida, não têem chances de ganhar. Vi a dias nas televisão um candidato a um dos municípios da província de Sofala que ainda nem começou a fazer campanha, alegadamente porque os órgãos centrais do seu partido ainda não enviaram material para o efeito, a dizer que ele e o seu partido ganhariam com uma maioria esmagadora. Outro candidato independente (praticamente chumbado) na provincia de Maputo disse a Rádio que, ele é a esperança do municipio para o qual concorre e que é o único capaz de ganhar porque os seus adversários serão penalizados pelos eleitores. Muito e muito optimismo político.
Será que em política não se pode ser realista?
Imagem tirada daqui

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Muita emoção!!!

Obama ganhou e todos os seus apoiantes estão de júbilo e eu faço parte desses apoiantes dele, apesar de achar que estou no grupo dos menos ferverosos.
Lembre-se que desde que os canais internacionais informaram que o candidato democrata tinha consiguido a fasquia dos 270 delegados, o mundo e a Africa em especial quase que parou.
A BBC durante todo o dia de ontem andava de país em país a colher reacções e quase todos os entrevistados em paises africanos apontavam Obama como o novo messias que se fez homem para salvar o continente negro da pobreza extrema. Um malawiano, entrevistado em Lilongwe disse à BBC que Obama ia combater a malária na ex-Niassalandia.
Todos esperam de Obama feitos messiánicos, a excepção de um que falou de Juba no Sul de Sudão, que disse não esperar muito dos democratas pois estes assistiram impávidos ao genocídio nos grandes lagos na decada de 90. Obama é messias para muitos que se esquecem que ele foi, e apenas, eleito para presidente dos EUA e é da sua agenda que se vai ocupar. Não virá a Maputo, nem irá a Lilongwe e nem a Lagos ou Wajir no Kenya distribuir dolares. Não, não!
Outros são tão emocionados que preferiram fazer o que nem os próprios democratas nos EUA fizeram, como deixar de ir trabalhar para festejar a vitoria de Obama. Um desses emocionados é o presidente do Kenya que decidiu dar folga a todos trabalhadores kenianos hoje, para, segundo ele, festejarem a vitoria de Obama, esquecendo que, um dia apenas é bastante para uma economia perder milhões e milhões de dolares.
Alegremo-nos com cuidade porque Obama não é nosso presidente mas é sim dos Americanos.
Imagem tirada daqui

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

De vollta!

Depois de 4 semanas no país de Madiba, Zuma, Lekota, Chilowa e milhares de anonimos empobrecidos, voltei a casa no último sabado. Voltei e estarei regularmente convosco na blogsfera até 30 de Novembro porque em Dezembro terei que gozar as minhas merecidas férias lá no interior de Morrumbene.
Kanimambo a todos que visitaram este espaço durante a minha ausencia pois isso fez com que as ervas daninhas não tomassem conta dele.
Imagem tirada daqui