O mundo pára hoje para repensar as estratégias que são adoptadas no combate a SIDA. Muito se fez em todo o mundo e muito ainda falta por fazer. Malawi a semelhança do Uganda são bons exemplos no combate a este flagelo. Moçambique e tantos outros paises constam da lista dos maus exemplos.
Pior é que enquanto milhões de vidas humanas desaparecem, há quem se aproveita disso para fazer dinheiro. Enquanto muitos vivem com Sida, há quem vive de Sida.
Se acham que estou a delirar, então digam-me! Onde é que a Africa deixou os tantos milhões de dolares disponibilizados para o combate a SIDA? Onde é que estão os resultados do uso desse dinheiro?
Virão dizer que africanos são teimosos e não acatam aos apelos feitos pelos activistas? Virão dizer que os recursos são insuficientes? Ou virão humildemente aceitar que as estratégias adoptadas não são das melhores; que muitos não estão na luta contra Sida por vocação mas sim a caça de emprego; que..., e que..., e que....
Hoje o chefe de Estado moçambicano vai lançar mais uma estratégia de combate ao virus mortiféro que certamente envolverá muitos milhões de dolares, espero eu que nós moçambicanos sejamos rigorosos e transparentes no uso dos recursos orçados para o combate a este mal. Espero é que o CNCS sejá rigoroso na selecção de projectos a serem financiados no ambito desta luta para que o dinheiro não caia em mão perigosas.
Imagem tirada daqui
14 comentários:
Meu caro, que estratégias estão sendo usadas para atingir o grupo alvo? Cartazes num país com um nível de analfabetismo como o nosso? Tratamento anti-retroviral, a quem chega?
Se a estratégia de combate não for pensada tendo em conta a nossa realidade continuaremos a aumentar o número dos que vivem com e dos que vivem de SIDA.
Saiete, o titulo diz tudo: muitos vivem do Sida e como o fazem, sem descaramento ou qualquer escrupulo. O sida rende mais para os que nao estao contamidados ou assim se supoe.
Dai a existencia de estratégias que nao avançam pelas razoes que o Muthisse avança.
Mutisse, essa de cartazes é deveras preocupante. O que se espera de alguem que não sabe ler, quando perante o cartaz que diz: SIDA MATA, e nada mais?
É, obrigada por dar este título ao texto. Há muitos sem escrupulos que beneficiam, sim senhor do SIDA. Ando intrigada pelo facto.
Por isso comprei um livro, que nem acabei de ler, o meu velho acambarcou-o quando esteve cá, do dr cristiano Matsinhe (respondendo ao Julio agora), onde o autor faz uma análise das estratégias desde que essa "cancão" comecou em Mocambique. Ele era um dos lideres desse "movimento estratégico", e pelo que percebi, foi dos que cairam fora desse esquema. Seria bom se o lessem (custou apenas 50 mt, so para verem que nem lhe deram o devido valor). Comprei-o na livraria do Maputo shopping.
Isso Xim,
Sida virou um bom negócio. Quem quer "taco", é so fazer um projecto na área de Sida pois qualquer doador financia.
Nyabetse,
Gostaria de ler esse livro porque ajudaria a compreender o "gato" que anda escondido nas tantas falhadas estratégias. Pior é que enquanto dscutimos estratégias, pessoas vão morrendo aos milhares
O que realmente sabemos sobre AIDS? Por Christine Maggiore. Leia em http://www.novagnose.org/Sida%20HIV/Que%20sabemos.htm
Quando, no ano 2000, o Presidente sul-africano, Thabo Mbeki, disse que a maior causa do SIDA era a pobreza e não o VIH, foi largamente criticado.Mas, penso eu, há uma grande verdade nesta afirmação controversa.
De modo algum posso concordar com a opinião do Ilustre Júlio Mutisse, Thabo Mbeki usou a pobreza como desculpa para a falta de uma política coerente para o combate à Sida. Felizmente, aqui na África do Sul essa ideia está desacreditada mas entretanto muita gente morreu devido à irresponsabilidade dos políticos.
Mutisse,
na verdade a pobreza apresenta-se como um dos factores que causam a morte de pessoas infectadas. Várias vezes ouvimos falar de pessoas que abandonam o tratamento por razões associadas a falta de alimentos. é que aqueles medicamentos, exigem uma boa alimentação e quem não pode se alimentar razoavelmente dficilmente pode continuar a se medicar com sucesso
José meu irmão, como vai?
olha, eu acho que as políticas governamentais sul-africanas para o combate ao Sida podiam estar erradas mas isso não retira a utilidade da afirmação de Mbeki.
A pobreza é sim um dos elementos que concorrem para o aumento de mortes por HIV-SIDA. é só tentarmos comparar dois doentes vivendo em condições diferentes (digamos um nas condições habitacionais, nutricionais, sanitárias de Alexandra e outro nas de Santon em JHB)certamente notaremos muitas diferenças e o normal é veremos melhorias e sucessos para o doente de Sandton, graças a uma série de aspectos positivos que contribuem para a sua recuperação.
Abraço
Mas se a pobreza era a causa maior como é possível que a política de combate ao SIDA teve sucesso no Uganda e Malawi, mas não na África do Sul?
Claro que concordo que como qualquer doenca, a falta de alimentacão adequada tem um impacto negativo no HIV-SIDA, mas acho que mais sérios precisamos de ser quanto à estratégia.
A questão de viver de SIDA tem impacto.
Para confessar, não nenhuma fórmula dessa estratégia que pudesse salvar nos salvar deste mal.
Sem querer entrar em polémica, devo acrescentar que no caso concreto da África do Sul, é um facto que Mbeki foi duramente criticado pelas organizações internacionais e pelos activistas devido à falta de uma política coerente para o combate contra a Sida, e isto está devidamente documentado. Por exemplo, Mbeki sempre negou que há uma ligação entre o Hiv e a Sida. A sua Ministra da Saúde, também conhecida por Doutora Beterraba, insistia que a melhor maneira de se combater esta pandemia era o consumo de certos vegetais, como a beterraba e o alho, produtos acessíveis a todas as bolsas, ela nem sequer mencionava a necessidade de uma alimentação adequada.Evidentemente que com estas ideias bizarras o combate contra a Sida nunca poderia ser eficaz, tanto mais que havia sérios problemas na distribuição dos medicamentos.
Felizmente hoje a África do Sul tem uma Ministra da Saúde competente e dinamica que irá certamente reparar os danos causados por políticas irresponsáveis.
Eu vivo numa zona que não é das mais pobres mas no entanto tem um dos índices mais altos de Sida devido a certos problemas sociais.
A pobreza é um factor importante mas há outros factores e há o perigo de usarmos as nossas insuficiencias para justificarmos a incompetencia e o desleixo. Penso que a chave para um combate ifecaz é a educação e o empenho dos Governos.
É importante que este problema seja discutido abertamente.
Caros, Reflectindo e José,
Obrigado pelas vossas contrinuições.
Devo antes dizer que concordo que Mbeki e sua ministra cometeram graves erros, no passado, no referente as estratégias de combate ao Sida. Mas acho que o maior erro deles foi não colocar o Sida como assunto transversal das políticas nacionais. me parece que foi o que Uganda e Malawi estão a fazer e é por isso que teem sucesso (Moçambique já começou a segui-los pelo menos a nivel teorico faltando pôr isso em pratica). O que eu estou defendendo é que, o combate a Sida não deve ser um assunto reservado apenas as estruturas de Saude, há que se trabalhar em cadeia. Há que se perceber que a saude de um ser humano depende de uma série de factores que não devem ser reduzidos ao papel do medico apenas.
Há que minimizar a pobreza pois ai estaremos a reduzir o número daqueles que se expoem a situações de risco como forma de conseguir algum dinheiro para sobreviver e ainda, há que minimizar a pobreza porque assim poderemos garantir um ambiente com condições boas para a recupeção dos já infectados.
Caro Jorge, o impacto da pobreza coloca como o fazes entendo e concordo, mas da maneira com Mbeki e a sua Ministra da Saúde colocava era muito problemático. África do Sul não pode falar assim de pobreza como se pudesse comparar com Uganda e Malawi ou mesmo Angola muito rico em patróleo e diamantes.
Também concordo que é preciso trabalhar em cadeia e nao reservar o combate ao HIV-SIDA apenas às estruturas de Saúde.
Interessa-me bastante em saber a estratégia que o Malawi optou. Posso ter informacao?
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