segunda-feira, 21 de abril de 2008

Pobreza não é fatalidade!

Umas das mais significativas frases do Presidente da República, ao meu ver, é a seguinte: "A pobreza não é nenhuma fatalidade, pode ser vencida". Esta frase me parece extremamente rica e com um conteúdo que devia chamar a atenção de qualquer um. Mas porque os políticos têm a tendencia de dizer mais inverdades que verdades, nós acabamos não fazendo o devido proveito das coisas verdadeira que eles dizem.

Guebuza quando diz que a pobreza não é fatalidade pode ser vencida, quer nos mostrar que se lutarmos eficasmente contra ela podemos erradica-la! Ou estou enganado? Recordei-me desta expressão de Guebas quando eu revia umas fotos que tirei nos distritos de Changara, Chiuta e Mocimboa da Praia no ano passado. Naqueles distritos como em outros deste Moçambique há muita gente a viver em pobreza extrema e outra a viver condignamente. Há pessoas que vivem "bem" nos distritos, mas não como resultado do desvio de fundos, não como fruto da desonestidade mas sim como resultado de um trabaho árduo.

Vou apenas vos contar a estória de um jovem comerciante da vila sede de Chiuta (Manje?). O jovem tem apenas 3ª classe mas faz o que muito de nós não fazemos e preferimos nos acotovelar nas grandes cidades.
Quando cheguei ao seu estabelecimento comercial nada me dizia que estivesse perante o proprietário (nao estaria eu abituado a ver empresários barrigudos!). O jovem vende tudo que é mercadoria necessária naquelas bandas, desde laminas até a bicicletas e como se não bastasse ele não espera que o comprador lhe traga apenas o metical ou outra moeda para aquisição dos seus produtos. Naquele estabelecimento, o comprador pode levar milho, feijão ou outro produto, desde que seja algo que o comerciante possa revender na cidade de Tete ou em outra paragens.
O jovem tem tudo o que um jovem dos seus 25 ou 30 e tal anos gostaria de ter, habitação condigna, filhos a estudar e ainda pensa em adquirir uma viatura este ano (Já que vou a Chiuta em Setembro poderei, com muito prazer, apanhar a boleia dele).
O exemplo do comerciante de Chiúta pode ser comparado ao da irmã Adelia em Changara e do senhor Sergio em Mocimboa da Praia, pessoas que partindo do nada vão criando fortuna a olhos vistos. São pessoas que acreditam que a pobreza não é nehuma fatalidade e pode ser, mesmo, vencida, bastando para tal a determinação e coragem de abandonar o culto de mão estendida e confiar na capacidade propria e nos tantos recursos que temos a nossa volta!

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