segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Ben Alí, o presidente fugitivo

Um dia chegará em que o cajú estará suficiente maduro para cair da árvore. Juiz Augusto Paulino
Não há duvidas que na atitude de Ben Alí, o fujão, as palavras de Augusto Pulino encaixam que nem numa luva. Demorou mas o cajú amadureceu e caiu. Caiu e de nariz, afinal não quiz olhar para a terra durante a sua subida. Nao criou condiçoes necessarias para que, os que estivesse em terra se preparassem para recebe-lo em caso de queda.
O nosso fujão, quando ainda saboreava o ar puro das alturas, não poupava as palavras e nem perdia tempo seleccionando os adjectivos para que nao se valesse dos mais violentos contra os seus compatriotas. O fujão embalado pelo vento das alturas, pintou de terrorista ao povo esfomedado que nada exigia, para além de pão para enganar o estomago.
Ben Alí, o Zeinadine, usou a mais violenta e brutal força militar e policial contra os seus compatriotas que pediam apenas as migalhas da sua afortunada mesa. Mas como o ultimo a rir, o faz melhor, o povo tunisino 23 anos depois , matou o cão tinhoso.
Espero eu, que o desmoronamento do Ben Alí, sirva de licção ao outros Alís espalhados por toda a nossa sofrida África. Que os outros Alís comecem a respeitar o povo que os ajudou a galgar até as alturas, que sejam mais comedidos nos seus discursos, para que nunca e nunca mais nenhum filho de Africa que tenha tido a sorte de estar nas nuvens, em vez de descer no fim da sua trajectoria, fuja para as Arabias.

1 comentário:

http://notasdeagry.blogspot.com disse...

Pois, pelos vistos muitos de nós também são "fujões", sobretudo nas caixinhas dos comentários.
De desilusão em desilusão, o fosso entre ricos e pobres vai-se aprofundando.Entretanto, de crise em crise, há sempre alguém que subservientemente exalta o Deus mercado! E fá-lo com tanta convicção, e repete-o tantas vezes, que acaba por se render e por cair nos braços dos ideólogos neoliberais.E é aqui que radicam a génese da Primavera Árabe.