quarta-feira, 10 de junho de 2009

Mato na cabeça!

Sempre que ouço falar de actos barbaros cometidos por políticos, da minha terra, me recordo de um ex-colega da Escola, que dizia: É FACIL TIRAR A CABEÇA DO MATO MAS É DIFICIL TIRAR O MATO DA CABEÇA DE ALGUEM... Para o meu colega, que até concordo com ele, se podia com relativa facilidade retirar quem quer que seja da floresta mas o complicado seria urbanizar a pessoa. Esta estoria de tirar a cabeça do mato Vs tirar o mato da cabeça, conduz-nos aos famosos processos de LEARNING AND UNLEARNING. O LEARNING esta associados a incorporação de novos valores e o UNLEARNING faz o inverso. Normalmente levamos pouco tempo para aprender do que para desaprender. Se durante 16 anos aprendemos que todo aquele que pensa diferente, de nós, é inimigo, precisaremos de quase o dobro ou triplo desse tempo para desaprendermos de modo a ficarmos com a mente livre para metermos a nova ideia de que, pensar diferente não é sinónimo de inimizade. Quem pensa diferente é nada mais do que nosso adversário e que no debate com ele precisamos, sempre, de observar do Fair Play. Esta viagem toda vem a proposito do atentado ao presidente do MDM em Nacala por "supostamente" homens umbilicalmente ligadas a Dhlakama e a Renamo. A ser verdade que os suspeitos sejam da Renamo então seria forçado a acreditar que este partido ainda não tirou o mato da cabeça apesar de ter saido do mato a cerca de 17 anos. Parece que a Renamo ainda não desaprendeu que o "salário" de quem pensa diferente é a morte. A Renamo ainda não aprendeu que pensar diferente não significa estar contra quem quer que seja, significa apenas trazer um outro ingrediente ao debate de ideias.

6 comentários:

AGRY disse...

A cultura democrática é um exercício que perdura há séculos e que se arrastará, inevitavelmente, ad aeternum!
A alegoria proposta é deveras interessante e oportuna, parece-me
Abraço

Jorge Saiete disse...

Isso meu irmao, precisamos é de aprofundar a cultura democratica no nosso seio sob pena de hipotecar o sonho de milhares de moçambicanos actuais e vindouros. abraço

Reflectindo disse...

Com muita razão, meu irmão. Tenho dito que o problema de Afonso Dhlakama e as pessoas mais próximas (na maneira de pensar) dele e mesmo noutras formacões políticas da praça é de estarem parados no tempo.

Quanto à atitude, sobretudo no que diz respeito à eliminacão do concorrente, usam ainda ou querem usar os métodos da guerrilha. Eles não imaginam todas as consequências.

Quanto ao apoio eleitoral, eles pararam em 1999. Dhlakama e Renamo não entenderam ainda que o maior apoio que tiveram foi para e somente para impulsionar o processo democrático em Mocambique. Uma vez provado que com eles não é possível fazer isso, os mocambicanos e em particular os jovens procurarão trilhar por outros caminhos que os permitirão desenvolver o processo democrático no país.

Jorge Saiete disse...

Meu irmão Reflectindo, como vai?
Olha é um facto inegavel que Dhlakama e sua Renamo pararam no tempo. E isso é triste e o que é mais triste é o facto de ter deoxado os que neles acreditavam a deriva, como um barco esquecido no Indico.

Espero que urgentemente possa aparecer um "Messias" que virá fechar o fazio deixado pela Renamo e que os outros partidos (existentes)se recusam a ocupá-lo, pois qualquer país moderno precisa disso.

Anónimo disse...

Caros,

Subscrevo inteiramente os vossos comentarios. Os problemas da RENAMO e da sua lideranca sao ciclicos, apenas manifestam-se de diversas formas, desde as mais previsiveis ate as mais insolitas!

Jorge Saiete disse...

Hey Nyikiwa, dizes a verdade.
Não cesso de orar para que o dito congresso da esperança aconteça rapidamente para ver se o barco do mano Afonsinho é resgatado antes de Outubro porque senão afunda de vez.