Em transformação de conflitos temos a figura da “negociação” que consubstancia uma forma pacífica de reduzir diferenças entre partes desavindas mediante um processo de diálogo e cedências mútuas. A negociação nos oferece dois tipos de abordagens, a chamada (1) negociação posicional e a chamada (2) negociação baseada nos interesses.
A negociação posicional é aquela em que as partes definem os seus objectivos e ou posições não se preocupando em revelar os seus interesses e ou necessidades a contraparte. É aquele caso em que um vendedor de cadernos diz, “o meu produto custa 10,00Mt” e o comprador diz, “eu apenas pago 5,00 Mt pelo caderno”. Aqui o vendedor definiu a sua posição em 10,00Mt e o comprador em 5,00Mt.
É provável que todos nós tenhamos já experimentado uma situação idêntica a referida no parágrafo anterior e o interessante é que, o comprador não procura saber quais são os interesses e necessidades que o vendedor tem e que o levam a definir 10,00Mt como o preço da venda. O vendedor também não procura conhecer os interesses e necessidades do comprador e que o levam a querer comprar o cadernos por apenas 5,00Mt.
Este texto que acabará representando o início de uma série de postagens sobre a transformação de conflitos, vem a propósito do post da minha amiga Yndongah publicado aqui e que no mesmo ela discute aspectos relativos a liberdade feminina. É também estimulada, esta serie, por uma noticia interessante que li no ZimOnline. O jornal electrónico do vizinho Zimbabwe reporta um braço de ferro entre o Governo Zimbabweano e o Sindicato de Professores daquele país. Os professores exigem um salário mensal de 2 500USD antes de levantarem a greve que observam e o Governo por sua vez aceita pagar apenas 100 USD/mês. Outra razão que leva a iniciar está série, é o desafio que Reflectindo me colocou aqui.
Quero nesta serie discutir as formas pacíficas de ultrapassar os nossos conflitos, começando por mostrar as vantagens e desvantagens de uma abordagem posicional, encontrada no texto da Yndongah e no ZimOnline. Aguardem a próxima postagem.
Imagem tirada daqui
quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
3 comentários:
Obrigado, Jorge por teres aceite o desafio. Estou mesmo curioso em saber do porque as causas e interesses reais de de conflito nunca são expressos claramente. E as vezes noto o mesmo em debates que havendo divergências em opinião pode-se evitar bastante em se desvendar o interesse duma das partes ou de ambas. Estou acompanhando a série.
Abraco e bom fim de semana!
Vou tentar apresentar as razões disso ao longo da serie. abraço e bom trabalho
eu também fico à espera.
Enviar um comentário