Certamente muitos se recordam de Mohammed Said al-Sahaf, o ex-ministro da Informação do Iraq que se tornou conhecido mundialmente pelas declarações optimistas proferidas, em conferências de imprensa diárias, durante a guerra que iniciou em 2003, em que negou até ao último segundo que as forças invasoras lideradas pelos EUA estivessem a vencer a guerra.
Quando a imprensa internacional noticava a tomada do Aeroporto Internacional Sadam Hussein e o derrube das estátuas do presidente iraquiano pelas forças invasoras, ele dizia de boca cheia “não há infiéis americanos em Bagdad! Nunca! Eles nem sequer estão perto do aeroporto. Estão perdidos no deserto. Não sabem ler uma bússola. São atrasados mentais".
Esta viagem ao ano de 2003, vem a propósito do optimismo que tem sido manifestado por candidado as autarquicas que a partida, não têem chances de ganhar. Vi a dias nas televisão um candidato a um dos municípios da província de Sofala que ainda nem começou a fazer campanha, alegadamente porque os órgãos centrais do seu partido ainda não enviaram material para o efeito, a dizer que ele e o seu partido ganhariam com uma maioria esmagadora. Outro candidato independente (praticamente chumbado) na provincia de Maputo disse a Rádio que, ele é a esperança do municipio para o qual concorre e que é o único capaz de ganhar porque os seus adversários serão penalizados pelos eleitores. Muito e muito optimismo político.
Será que em política não se pode ser realista?
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