segunda-feira, 21 de setembro de 2009
Política das coisas
Ele: Aló mano, beleza?
Eu: Epa! Como vês! (Eu estava com o carro enterrado a espera de uns amigos para ajudar a tirá-lo)
Ele: Mano, peço a tua colaboração.
Eu: humm, em quê?
Ele: votando no meu partido porque promete construir escola para as crianças.
Eu: construir aonde?
Ele: aqui em Nkobe, para os pequenos pararem de sofrer.
Eu: Mas Escola não é prioridade para a população de Nkobe!
Ele: (silencio).... se o meu partido ganhar vai governar de forma diferente.
Eu: O que é governar de forma diferente?
Ele: Acabar com o sofrimento do povo, criar industrias como a Mozal para dar emprego as pessoas, também vai contruir um hospital aqui em Nkobe.
Eu: Que tipo de Hospital?
Ele: um grande como José Macamo ou Central.
Eu: que bom! Mano, eu estava a espera daqueles dois jovens para tirarmos o carro daqui do areal. Te importas em ajudar um pouco a empurar?
Ele: na boa bro, basta orientar uma 2... para matar a sede!
Eu: Ta nice, e o teu partido não prevê tchunar esta estrada (Nkobe-Khongolote), para minorar o nosso sofrimento?
Ele: .... não sei mano, é que hoje não levamos aquele livrinho que tem as coisas que vamos fazer.
Eu: ???????????????
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6 comentários:
Mano, em jeito de piadas a mensagem passou. Coitados os que nem sabem porque e para que perdem tempo em fazer campanha!!!!
Mais do que questionar as prioridades é necessário questionar os campanhadores como prevêm materializar as suas promessas, com que apoios, em que timings etc.
Espero que a mensagem tenha passado, como sugere o anónimo. abraço
Oh Mutisse, se eles nem conseguem dizer o que está já escrito no manifesto, que é publico, imagino quanta dficuldade teriam para responder a essas perguntas que colocas
Concordo plenamente com os comentários anteriores e sim, a mensagem passou mas também ficou em nós.
É estranho como se faz politica em Mocambique, como se promete construir estradas, pontes, escolas, etc, mas depois nao vem ninguem a cobrar as promessas. O mesmo que prometeu em 2004 se promete em 2009 e se prometerá em 2014! Dez anos se passarao e o país continará com os mesmos problemas e os campanhadores esses continuarao a "papagaiar" discursos obsoletos.
Feliciano Augusto
Alo Feliciano,
Acho que a maior responsabilidade não está do lado do prometido mas sem do "prometedor", este sim. Se promete fazer algo e os moçambicanos te dão o voto, deve ter o respeito de cumprir ou ao menos ter a humildade de pedir dsculpas em caso de dificuldade para o cumprimento do que prometera. E para tal, acho que não se devia esperar que alguem viesse cobrar.
Deixe-me dizer que, em muitas vezes, nós cidadãos, até cobramos só que os "prometedores" depois de ganharem o nosso voto viram surdos crónicos. abraço e volte sempre
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