Porque todos
aqueles deitaram para as ofertas de Deus do que lhes sobeja; mas esta, da sua
pobreza, deitou todo o sustento que tinha" (Lucas 21:4).
"Filha, a tua
fé te salvou" (Marcos 5:34).
Hoje é segunda-feira e antes que a “fissora” me peça para apresentar a o
TPC, vou já terminar a minha redacção sobre o fim-de-semana. Queria alertar
para o facto de ao longo do weekend muita coisa ter acontecido e que apenas irei
relatar dois momentos mais marcantes, começando pelo evento de ontem, domingo.
Em São Lucas, a pregadora foi trazer uma outra mulher. Desta vez, se trata
de uma mulher que padecia de uma doença rara e já na fase terminal. O interessante
é que a mulher sabia que Jesus a poderia curar, no entanto, ela tinha de ter
força e energia suficientes para poder enfrentar uma enorme multidão que
cercava o Salvador, até alcança-Lo e ao menos tocar em suas vestes. A bíblia conta
que a mulher enferma usou toda a sua força e conseguiu os seus intentos. Desta história
a parte mais interessante reside no facto de Jesus ter enaltecido o gesto
daquela mulher, como uma verdadeira demonstração de fé:
"Filha, a tua fé te salvou" (Marcos
5:34).
Tanto em Mateus como em Lucas, Jesus elogia o esforço e a determinação
daquelas mulheres. Ele, mesmo consciente do passado pecaminoso delas, enalteceu
a fé demonstrada pelas atitudes que as duas mulheres acabavam de tomar.
Jesus usa, nas duas situações, o elogio como uma forma de encorajar as duas
mulheres e aos demais a compreenderem o valor do bem. Jesus prefere não as repreender
por causa dos erros do passado e que na lógica da sociedade em que viviam, a
pobreza da primeira mulher e a longa hemorragia da segunda eram consequências
naturais dos seus pecados.
Eh pessoal! Há que se recordarem de que estamos perante uma redacção e
porque na minha turma somos 69 para uma única “fissora” tenho que evitar me
alongar para permitir que ela tenha espaço e fôlego para as redacções dos outros
colegas.
O outro evento que me marcou e que vale a pena partilhar é o Nkobe Pork festival organizado pelo meu
amigo e vizinho Lazaro Bamo. O encontro contou com convidados de luxo, como eu.
Sim, eu sou de luxo. É que Bamo não convida qualquer manambwa(?). O evento que
contou ainda com a presença de gente lúcida e esclarecida como Vaz, Nero, Nadja
(coitado de mim que com o meu matswa accent não conseguia pronunciar este
nome), Nyikiwa, Mutisse, Mbambamba, Mapengo, Colaço, a MP sensação (Soares),
Mussá, Alfazema e tantos outros jovens e madalas
esclarecidos deste Moçambique. Na lista dos madalas,
há que destacar a presença do edil da Matola, o tal que ficou por reabilitar a
Avenida de Nkobe.
Antes que a “fissora” me acuse de ter feito uma redacção com dois eventos
em que um não tem nada a ver com outro, além do facto de eu ter participado nos
dois, vou já apresentar a ponte.
O primeiro evento nos recomenda a usar o elogio como uma forma de encorajar
as boas praticas, acções e ou atitudes que os nossos semelhantes tomam. E é
isso que eu quero aqui fazer. Elogiar ao Bamo por ter tido a boa e oportuna
ideia de reunir jovens de diferentes vivências e sensibilidades “em volta de um
porco”. Com a merecida ressalva de a factura “todinha” ter ficado para ele,
como bom hospedeiro.
Mas se Jesus no ensina a usar o elogio como arma de mobilização para o bem,
então há que recordar que, uma boa parte de jovens esclarecidos, deste país, tem
não raras vezes se esquecido de elogiar as boas praticas que o nosso governantes
tem tido. Muitas vezes nós enxergamos apenas o que é mau e raras vezes
encorajamos ou elogiamos o que de bom ou saudável é feito.
Porque o elogio é um instrumento valioso na construção de plataformas ou pontes
que nos levam a sã convivência futura, sou de opinião de que sempre que possível
devíamos elogiar as boas acções das pessoas que elegemos, da mesma forma que as
criticamos quando justificado!