terça-feira, 29 de janeiro de 2008

revisão do preço do Chapa 100 e o bolso do moçambicano

Devido ao aumento do preço do combustível os tranportadores decidiram ontem, submeter ao Governo uma proposta de revisão da tarifa actualmente em vigor.
Do ponto de vista dos operadores há razões suficientes para que a taxa seja revista, alias a última revisão foi feita em 2005 mas de lá para cá, um sem número de vezes o preço do combustível foi alterado.
O problema coloca-se do lado dos passageiros. Esses, sim tem muito que se queixar, não que os primeiros não tenham de que se queixar, mas a verdade é que o cidadão comum é que irá pagar a factura final e carregar o fardo de todos.
Sucede que, o produtor de combustivel, pode cobrir os custos de operação mediante o aumento do preço do seu produto, o importador idem, o chapeiro também, mas o cidadão comum, esse moçambicano com um salário miserável não tem como se virar.
É que com o aumento do preço do chapa, o já elevado custo de vida torna-se insuportavel para o cidadão comum. Um olhar mais atento, ajuda-nos a compreender que o aumento do preço do chapa, afecta automaticamente o custo doutros produtos e serviços indispensáveis. Pensemos apenas nas mamanas que vendem tomates nos nossos bairros.
O tomate que elas vendem é comprado no Fajardo ou do mercado de Zimpeto. O custo naqueles mercados vai aumentar como consequencia da subida do preço do chapa que traz o produto de Chokwe ou doutro ponto. E para além deste aumento, que já se reflectiria no preço ao consumidor final, há ainda a considerar que há outro chapa que se apanha de Fajardo ou Zimpento até a esquina ou mercado do nosso bairro onde todos acorremos para adquirir aquele incontornavel produto em nossos preto!!!
Se os bolsos de muitos de nós eram rotos, ficarão ainda mais com o aumento do preço do chapa 100.